Sou aficionada e amante da arte taurina. Bem como uma mulher com algumas
tradições!
Não posso deixar de me sentir triste com o publico português
que se diz aficionado e tradicional. Pergunto-me como é possível não se
conseguir estar numa praca com o que aficion e a tradição implicam! Quanto ao toureio a cavalo estou cada vez mais convencida de que o público é fácil! O público não é exigente e, quando assim é, a arte de tourear a
cavalo não evolui! Contam-se com menos dedos que os das mãos, os
cavaleiros que movem o publico à praca porque, de facto são bons e podem
surpreender numa tarde ou noite de toiros! Ou melhor, são poucos os que
me movem! Sinto que já não há surpresa, já não há emoção.
Mas para falar
do que realmente me fez escrever, temos de passar à parte da pega. O
forcado. Das coisas mais bonitas que existem na festa brava em Portugal, eu destaco a pega de caras. A coragem e bravura de um homem que desafia a
força de um animal. Mas tudo isto só é maravilhoso quando, no momento do
frente a frente do forcado com o toiro, a praca fica muda. O silêncio
neste momento é crucial para a maravilha da pega! Há muitos anos que não
sinto isto. Mesmo quando não conhecia os forcados, este momento fazia-me
saltar o coração de adrenalina. Era um das coisas que me levava a uma
praca. Hoje em dia não sei o que isso é. Os treinadores de bancada e os
telemóveis invadiram as pracas, e apoderaram-se de um dos mais bonitos
momentos de uma corrida à portuguesa, tirando parte da emoção e do
encanto da pega de caras.
E pouco mais tenho a dizer, a não ser que
tenho saudades da tradição e da afición na sua essência! Não deixarei de
ir a uma praca, porque tenho sempre esperança. Mas tenho muitas saudades disto e, por essa razão, não podia deixar de patilhar! E viva a festa brava!
Sem comentários:
Enviar um comentário