olá! Era só mesmo para agradecer!

Conheço uma pessoa que até hoje não ousei descrever por me faltarem palavras, ou então só pelo facto do pouco que vivi, ainda não me ter dado a conhecer a melhor forma de o fazer.

Dos meus 26 anos de vida, não existiram, e sei que não vão existir, melhores momentos dos que os que já passei e sei que vou passar com esta grande amiga.

Devo dizer desde já que para mim, os amigos (e nos meus amigos é lógico que incluo a minha família), são a melhor e maior graça que se pode ter na vida. É preciso cuidar deles, tratá-los bem, estar por perto mesmo se estiverem longe, e se formos nós a estar longe, devemos tê-los perto de nós. Agradecer todos os dias a Deus a sua existência.

A Bíblia diz-nos, que "Um amigo fiel é uma poderosa protecção: quem o achou descobriu um tesouro.”

Um amigo é um tesouro. Demorei tempo a perceber o que isto queria dizer.

Saint-Exupéry ajudou-me com a sua obra “O Principezinho”. Uma obra que eu gosto de chamar de segunda Bíblia, se me permitem esta pequena “heresia”.

“Tu Tornas-te eternamente responsável pelo que cativas”. Só existe um erro nesta frase, e apenas relativamente à pessoa que me fez escrever isto. A frase deveria dizer: “Tu tornas-te eternamente responsável por quem TE cativa.” E por isso sinto-me responsável por esta pessoa. Uma pessoa que me cativou ainda nem eu sabia que era eu.

Não pensem que estou a fugir ao assunto que me levou a escrever este texto. É que sou só uma miúda e precisava de viver muitos mais anos para falar sobre esta pessoa. Tenham paciência comigo, a pessoa a quem eu me refiro já aturou muito de mim, por isso merece até mais do que eu possa dizer aqui.

Passando ao essencial, e agora sim vou-me aventurar a falar do que é indescritível.

Começo por um inevitável Muito Obrigado!

Quando falamos de amigos devemos começar sempre por agradecer. Agradecer só o dom dessa amizade. Perdemos muito tempo na vida porque não agradecemos e não ousamos dizer a alguém que gostamos dessa pessoa. Mais forte do que dizer que se gosta....dizer que se AMA.

Nos dias que correm mais rapidamente se diz que não se gosta, do que se diz eu Amo-te! É mais fácil apontar o dedo do que abraçar os defeitos e fragilidades de alguém. Quem me conhece sabe, e até me deve achar meia lamechas por vezes, mas a quem eu gosto, digo-o várias vezes. Até porque, sendo eu bem romântica, acredito que a palavra amor não se esgota por excesso...esgota-se por falta de uso verdadeiro. Quando se ama alguém de coração cheio, e se diz Eu amo com verdade e humildade...a palavra amor jamais se esgota. Só pode crescer!

Há mil maneiras de expressar o amor que sentimos por alguém...abraços, beijinhos, flores, chocolates...e por aí fora. Mas a melhor forma é dizê-lo com todo o coração.

Para quem é tudo para mim, para quem o mundo me mostrou, para quem tudo me ensinou, para quem tudo me deu, para quem é o maior exemplo de vida, de humanidade, de genuidade e humildade...para quem também tem defeitos porque até os defeitos cabem na perfeição de alguém...para a mais generosa das pessoas...para quem me conhece melhor que ninguém....para quem me adivinha só com um olhar...para quem tudo eu devo, mas sobretudo para quem sempre me amou e para quem é aquilo que é para mim....no mínimo eu tenho de agradecer...e amar ainda mais. 

Se não a conhecem...têm de a conhecer!

Conheço muita gente...tenho muitos amigos...mas não conheço ninguém como a minha mãe. 

9/1/2014 – Pipa Marçal Grilo

LABORATÓRIO DOS SEGREDOS

     Para começar vou enquadrar-me socialmente no âmbito Reality-show! Pertenço ao núcleo de pessoas que viu o primeiro Big Brother do principio ao fim. Vi a primeira quinta das celebridades e vi a primeira casa dos segredos. Hoje em dia critico o formato severamente, mas confesso que de vez em quando vou dar uma olhadela, o que não me envergonha nada, pois sempre tive para mim que para criticar temos de conhecer aquilo de que estamos a falar.

Posto este enquadramento vamos passar à minha definição de reality-shows, concretamente da Casa dos Segredos (apenas por ser o programa que está no ar neste momento): “Pequeno grupo de pessoas, que após seleção minuciosa, tem a sorte de entrar para uma casa durante uns meses. Essa casa está vigiada 24 horas por dia por câmaras espalhadas por todas as divisões que possibilitam ao espetador ter uma visão completa de todos os cantos da casa. As pessoas que tem a sorte de entrar tornam-se famosas, cada uma tem um segredo que não deve ser descoberto, têm missões secretas (umas melhores que outras), vão sendo eliminadas semana após semana até se encontrar um vencedor para uns ambiciosos Euros.” Esta é a descrição teórica da coisa. Mas o que me levou a escrever este artigo, foi o que na pratica verdadeiramente se passa ali.

Não será a Casa dos Segredos um pequeno laboratório onde enfiam umas pessoas num tudo de ensaio, fazem mil e uma experiencias físicas, emocionais, psicológicas, e de inteligência, com a diferença de que mais de um milhão de pessoas está a ver e a gozar os resultados deste testes? Sim, quem entra na casa vai de livre vontade, ainda assim não estaremos a falar de um formato televisivo que testa o ser humano a situações limite da sua essência? Não será isto parecido com o que fazem com a chamada violência com animais que tanta gente contesta hoje?

Sim isto é violência, mas contra pessoas. Pode ser voluntária, pois quem entra sabe ao que vai, mas no meu entender isto sim é imoral.

Tudo isto para dizer que existe tanta gente protectora dos animais irracionais, contra a violência e abandono de animais domésticos, corridas de touros, etc etc. Mas se for com pessoas é na boa? Rimos muito porque um idiota se passa e avia uma cabeçada noutro? Rimo-nos da ignorância daquelas pessoas que nem sequer sabem que Portugal fica na Europa e que o Cavaco Silva é nosso Presidente? Mas o pior de tudo é a Casa dos Segredos assaltar as casas e as vidas de quem assiste. É tema de conversa. Aquela malta que lá está dentro a sofrer testes aos seus limites enquanto pessoas, são o tema de conversa de mais de um milhão cá fora. E quando de facto ultrapassam os seus limites e fazem asneira, aí ainda nos diverte mais? Isto educa alguém? É que não nos podemos esquecer que a geração mais nova também vê isto. Bem sei que o mundo tem tendência a “liberalizar” aquilo que um dia foram os valores humanos mais nobres, mas será que não deveríamos oferecer resistência a isto?

Onde está a Afición?

Sou aficionada e amante da arte taurina. Bem como uma mulher com algumas tradições!
Não posso deixar de me sentir triste com o publico português que se diz aficionado e tradicional. Pergunto-me como é possível não se conseguir estar numa praca com o que aficion e a tradição implicam! Quanto ao toureio a cavalo estou cada vez mais convencida de que o público é fácil! O público não é exigente e, quando assim é, a arte de tourear a cavalo não evolui! Contam-se com menos dedos que os das mãos, os cavaleiros que movem o publico à praca porque, de facto são bons e podem surpreender numa tarde ou noite de toiros! Ou melhor, são poucos os que me movem! Sinto que já não há surpresa, já não há emoção.
Mas para falar do que realmente me fez escrever, temos de passar à parte da pega. O forcado. Das coisas mais bonitas que existem na festa brava em Portugal,  eu destaco a pega de caras. A coragem e bravura de um homem que desafia a força de um animal. Mas tudo isto só é maravilhoso quando, no momento do frente a frente do forcado com o toiro, a praca fica muda. O silêncio neste momento é crucial para a maravilha da pega! Há muitos anos que não sinto isto. Mesmo quando não conhecia os forcados, este momento fazia-me saltar o coração de adrenalina. Era um das coisas que me levava a uma praca. Hoje em dia não sei o que isso é. Os treinadores de bancada e os telemóveis invadiram as pracas, e apoderaram-se de um dos mais bonitos momentos de uma corrida à portuguesa, tirando parte da emoção e do encanto da pega de caras.
E pouco mais tenho a dizer, a não ser que tenho saudades da tradição e da afición na sua essência! Não deixarei de ir a uma praca, porque tenho sempre esperança. Mas tenho muitas saudades disto e, por essa razão, não podia deixar de patilhar! E viva a festa brava!

A minha cabeça não pára

A minha cabeça não pára!
Não pára nunca.
É um desassossego! Mas um desassossego bom!
São ideias, emoções, sentimentos, sonhos....muitos sonhos!
Em gestos, sorrisos, lágrimas e abraços....surgem ideias, surgem sonhos!
Nas coisas mais simples. É nas coisas mais simples que existe a verdade.
A minha cabeça não pára, mas é também aí que o meu coração funciona.
E quando entra o coração, entra a paixão.
E com paixão tudo se pode...
Até tornar os sonhos realidade...

PARTE III - Caro Quase Ex-Primeiro Ministro Excelentíssimo Senhor “Engenheiro” José Sócrates

Há quanto tempo não falava consigo! Pelo que vejo continua igual. Não mudou nada! Nadinha! “Nicles batatóides”. Que alegria! Está mais magro até. Porreiro pá!

Aviso já, que desta vez não estou zangada consigo. Estou BRUTA consigo! E portanto vou-me deixar de grandes rodeios e vou direita ao assunto. Acompanhei os seus debates com muita atenção! Até já tive de tomar um "guronsan", só por causa da ressaca que me deram!

Oh Senhor Engenheiro, porque é que insiste em sacudir a água do seu capote, se o senhor está que até parece as Cataratas do Niágara? Não está cansado? Gabo-lhe essa persistência. A sério!!

Vamos agora fazer aqui mais uma viagem no tempo só para ver se lhe reavivo essa memoria curtinha, curtinha! E também para organizar as minhas ideias!

Vou fazer esta cena muito resumidamente, ou melhor, rápido e conciso porque é disso que o povo gosta, e já não vê há buéréré!

A oposição deu uma ajudinha nas suas ambições e cedeu nalgumas medidas. Resumindo, aprovou 3 PEC’s que deveriam resolver os problemas do país, mas que, como é do conhecimento de todos, nos conduziu a uma situação económica gravíssima. O senhor orgulha-se de tudo o que fez, mas não deve ter visto os resultados do jogo! Ou melhor, viu, sabe, mas tem uma cara de pau incrível.

Eu vou-lhe dar uma breve noção de liderança. Porque no fundo tudo se resume ao facto do Senhor ser um péssimo líder. A liderança de qualquer coisa implica responsabilidade, “dar a cara”, definir uma estratégia e assumi-la. Quer as coisas corram bem, quer corram mal. Assim que começou a errar deveria assumir o seu erro. 3 PEC’s são 3 oportunidades que lhe deram a si e ao seu governo. Mesmo sem o Senhor pedir desculpa uma única vez, quando tomou decisões erradas ao longo do seu mandato. A humildade é uma qualidade, chega mesmo a ser um dom, que define o carácter das pessoas. E a liderança é precisamente a junção entre carácter e humildade. E também estratégia e organização claro! E não! Elas não andam em separado, muito menos neste caso. E se por alguma razão se separem, o carácter e a humildade são a última coisa a perder. No seu caso: Estratégia a mais, carácter, neste momento, não lhe reconheço algum!

E é isto que me entristece e me deixa tão desiludida consigo. Fez e continua a fazer politica para o seu umbigo. Nós não lhe pagamos nem para isso, nem para errar e muito menos para não ser um líder com carácter. É este o seu trabalho, é este o seu pelouro, é para isto que lhe pagamos e foi para isto que alguns portugueses o elegeram. Para liderar um país com carácter, com humildade.

É que errar, todos erramos. Faz parte da condição de ser humano. Errar 3 vezes consecutivas, ter três oportunidades? Estava à espera de quê quando o 4º PEC foi chumbado na assembleia? Aqui não se faz caridade Senhor Primeiro Ministro. Não neste caso! Estamos a falar da vida de muita gente, de muitas famílias, jovens, velhinhos, etc. Estamos a falar da imagem de um país perante o mundo que neste momento está denegrida pela sua falta de humildade. Pelo menos eu penso assim.

Para terminar, e para ver se nos entendemos de uma vez por todas, quero dizer-lhe o seguinte:

Concordo consigo quando diz que não é fácil governar um país com uma crise internacional tão grande. Esta crise existe e inevitavelmente afecta-nos a todos. Isso é certo! Agora, eu não posso ficar a olhar para si, com cara de parva, quando se tenta descartar de uma culpa pela qual deveria dar a cara, pois o seu cargo trata-se disso mesmo, dar a cara pelos erros que o senhor e o seu governo cometeram nestes anos todos e não enxotá-la para cima dos outros. Porque quem sofreu mais com esta crise de que o Senhor tanto fala, não foi o Senhor Engenheiro, fomos nós, os portugueses onde o senhor vem esvaziar bolsos mas faz de conta que não! Os reformados, os 700000 desempregados, a geração à rasca, a função pública e por aí fora!

Por isso deixe-se de ladainhas. Estamos fartos das “guerrazinhas” de partidos, da disputa de egos, “de a minha horta é melhor que a tua”....FARTOS!

Eu quero que o Senhor Engenheiro admita de uma vez por todas os seus erros, que se responsabilize por eles e que não ignore os portugueses. Eu não quero ser governada por uma classe politica que disputa egos entre “supostos lideres” de partidos. Eu quero é que falem para mim. Melhor dizendo, o Senhor Primeiro Ministro trabalha para mim. É a mim e a todos os portugueses que lhe pagam que deve satisfações dos seus actos como líder do governo do MEU país! Quero que responda às minhas perguntas, porque até agora não o vi responder a nenhuma pergunta que lhe tenha sido feita, como o porquê da taxa elevadíssima de desemprego, os consecutivos aumentos de impostos, entre muitas outras. O Senhor Engenheiro insiste em tentar afundar quem está à sua volta. Tudo isto por causa dessa velha mania de que só ganha matando o inimigo! Que chatice!

E para acabar dirijo-lhe a si também, as palavras que o Doutor Paulo Portas dirigiu a Pedro Passos Coelho no debate, mas que a si é que lhe assentam mesmo bem:

“As maiorias absolutas obtêm-se naturalmente porque o povo as quer dar, normalmente quando se pedem não se obtêm” e mais “ Não é possível absolver um ministro que leva a dívida pública a 170 mil milhões de euros”.

Posto isto, eu espero mesmo que os portugueses, em consciência, não ousem votar em si! Já teve a sua oportunidade e repare bem nos estragos que fez e que estão bem à vista!

Cumprimentos

Pipa

P.S – Segue um vídeo...espero que goste! Só de sacanagem!

PAVÃO: O NOVO REI DA SELVA

Desculpem o meu tema não variar muito, mas há coisas que me sinto tentada a partilhar.

Recentemente tenho ouvido dizer que a democracia é um sistema que não funciona no nosso país. Que os últimos tempos que temos vivido são a prova de que esta forma de governar o país é ineficaz. Confesso que isto me intriga um pouco e não consigo concordar. Das duas uma: ou eu estou completamente errada na análise que vou fazer a seguir ou as pessoas ainda não pararam para pensar no que realmente está a acontecer.

Importa dizer desde já que na minha modesta opinião não vivemos uma democracia na sua essência e também não estamos perante uma ditadura a 100%. Ou isto é uma “democradura” ou uma “ditacracia” ou uma “selva” para ter mais graça. Para ser uma democracia o povo tinha de ter uma participação activa e de extrema importância nas grandes decisões do país. O que até acontece, porque somos nós que votamos e elegemos os nossos representantes. Mas isto só seria justo se tivéssemos conhecimento do verdadeiro estado do país, e se “os pavões” fossem de confiança. Sim “pavões”. São animais que têm um ritual de acasalamento onde exibem umas penas lindas de morrer para atrair as fêmeas. É mais ou menos o que acontece, com a agravante de que, quando só existe um pavão ou dois que se metem a jeito, não há grande possibilidade de escolha. Dentro do que é mau temos de escolher o menos mau, ou pior, escolher só para não ter de gramar com o outro. Os nossos representantes são-nos “quase” impostos.

No fim disto o que é que acontece…os pavões entram na gaiola e viram galos e galinhas numa capoeira. Cada um põe o ovo da maneira que mais lhe convém. Uns põe para a esquerda, outros põe para a direita quando nós queríamos mesmo que eles pusessem o ovo como deve ser, sem o escangalhar nem atirar uns contra os outros. Isto imaginando que os galos também põe ovos. Mas hoje em dia parece que vale tudo, por isso também vale que os pavões virem galos e que, consequentemente, os galos ponham ovos. E isso é certinho!

Vejamos então. Quem forma o governo são pessoas que nós elegemos, por querer ou sem querer, mas que não nos dizem a verdade quanto à situação do país. Obrigam-nos a obedecer a medidas de austeridade, das quais nós desconhecemos o porquê de serem aplicadas. Só nos dizem que o orçamento é curto, o desemprego é grande, temos que cortar ali e aumentar acolá. Assim umas noções só para inglês ver! Iludiram-nos durante anos de que conseguiam resolver o problema. Problema esse que, na realidade, desconhecemos. Mas temos que apertar os cintos e fechar as carteiras. É quase um assalto à mão armada. O Pavão que virou galo ameaça atirar-nos com o ovo e nós nem temos tempo de perguntar…quando damos por ela o bacalhau custa quase 10€ o quilo, e pior que isso…nem conseguimos chegar ao supermercado para o comprar porque a gasolina está a 1,7€ o litro.

E eu pergunto-me para onde foi o dinheiro que nós, reles povo, tivemos de deixar de ver entrar nos nossos bolsos, porque nos disseram que só assim saíamos do buraco? Pior…como é que chegámos a este ponto? Como é que é possível chegar à situação em que estamos, de ter de chamar o FMI e de ainda sermos totalmente desacreditados pela União Europeia, com a Finlândia a dizer que já estamos na bancarrota e provavelmente não nos emprestam dinheiro, pois não valemos a pena. Que mais vale sairmos da união Europeia e largar o euro...Nós até somos um povo que se sacrificaria para salvar o país, assim a capoeira nos desse confiança e ânimo…agora não gozem com a nossa cara. Além de falidos ainda somos achincalhados pelo mundo. Mas se há pavões à solta também haverá quem um dia lhes arranque as penas! Agora eu quero é ver como é que vamos sair da selva, com malta desta a liderar que nem sequer tem a coragem de admitir que errou. De pedir desculpa ao seu povo. Ao invés disso abre as penas e lá vai ele disfarçado de vítima a tentar enganar mais uma vez o pobre tuga.

Não é a democracia que não funciona, simplesmente não é democracia. É a Selva.

PARTE II - Caro Quase Ex-Primeiro Ministro Excelentíssimo Senhor “Engenheiro” José Sócrates

PARTE II - Caro Quase Ex-Primeiro Ministro Excelentíssimo Senhor “Engenheiro” José Sócrates,

Peço imensa desculpa de o incomodar de novo com estes assuntos. Mas como não recebi resposta à última carta, volto a insistir. Os meus pais ensinaram-me a ser persistente.

Sei que tem estado muito ocupado com a sua campanha. Aliás eu apercebi-me esta semana, no seu discurso a propósito da ajuda externa, que a campanha já tinha começado. Foram palavras muito bonitas senhor Engenheiro. E não se preocupe que estava muito bonito e sexy como sempre. Mas agora fiquei com dúvidas. Tente acompanhar o meu raciocínio para vermos ver se eu entendi bem o que se tem passado nos últimos tempos. O Senhor sempre foi contra uma medida tão extrema como a entrada do FMI em Portugal. O que naturalmente é compreensível. Ninguém quer chegar a este ponto. Numa coisa concordo consigo. A última coisa que apetece é ter malta de fora a remexer a papelada toda que não lhes diz respeito. Ainda encontram lá alguma coisa de mal ou uns papéis mais suspeitos, o que obviamente não vai acontecer, claro. O Senhor Engenheiro, não se preocupe que «quem não deve não teme». Ainda mais nesta classe política onde todos sem excepção têm cadastro limpo e nunca estiveram envolvidos em processos judiciais polémicos. Por isso deixe-os vir….só para porem as contas em dia. Até porque a única coisa triste nisto tudo é conseguir-se pôr um pais na penúria, de orgulho ferido e completamente desmotivado. Mas a culpa não foi sua. Foi de quem não o deixou trabalhar e que se anda a esconder “atrás dos arbustos”.

Pelo que tem dito, esta fragilização do País deve-se à rejeição do PEC e à inevitável consequência dessa rejeição: a tão falada crise política. Quer dizer, não nos basta os bolsos vazios, o desemprego elevado, os jovens com poucas perspectivas de futuro e cada vez a sonhar menos, as dívidas externas, o gasóleo ao preço do “ouro branco” a dificuldade em exportar o que é nacional e bom, as greves que não têm fim. Mais os problemas pessoais de cada um e ainda temos que ser governados por malta que está constantemente a disputar egos num anfiteatro de requinte com IPAD, IPODES, IPHONES, IQUETRISTES! Eu sei que o Senhor Engenheiro “SEMPRE” e repito “SEMPRE” quis dialogar. Procurou sempre um consenso nas assembleia. Sempre evitou o FMI recorrendo a propostas e medidas de austeridade muito exigentes para os portugueses. BOA!

Mas se não concorda com o FMI, como é que os seus super-mega-fixes-e-eficazes PEC’s não funcionaram ao ponto de termos que ir “cravar” dinheiro aos estrangeiros? Com juros super-hiper-mega altos e impossíveis de pagar? Não se esqueça que foram aprovados 3 PEC’s no total, e evitámos a vergonha de chamar o FMI para nos ajudar. Não me diga que a culpa do estado nosso pais estar assim é da rejeição do último plano de Estabilidade e Crescimento. É que isso é a mesma coisa que dizer que a culpa de se apanhar uma piela é sempre do último copo que se bebeu.

A culpa agora é da oposição que não aprovou o PEC...Francamente Sr Engenheiro, afinal explique-me lá de que partido foi este último governo que o senhor liderou? Quem governou nestes último e imPECáveis 6 anos?

Sem mais assunto, um presunto e uma abraço desta que tanto quer....não o ver aqui pelo Natal!

Pipa

P.S. – Saudades à Merkel. Porreira ela não é pá?

É BOM, BONITO E BARATO

Ando um pouco inquietada com esta campanha eleitoral.

Andou tudo AI!AI!AI! com o orçamento de Estado e agora sinto-me no direito de me preocupar EU com o dinheiro que se gasta nestas campanhas. Por isso, e em vez de me por aqui a falar mal das contas astronómicas em campanhas politicas e também para não ofender ninguém, vou seguir o exemplo do nosso ex-Primeiro Ministro Sr “Engenheiro” José Sócrates.

Caríssimos amigos e amigas eis o PEC 5. Sim ouviram bem! Eu Filipa Marçal Grilo vou lançar o PEC 5, ou melhor, o Plano Económico de Campanha 5 Junho. Com direito a 5 medidas de austeridade bem austeras. Nós já levámos com elas...é a vossa vez. Cá vai:

1.

a) A todos os candidatos que gostam de passear por Portugal a vender o seu peixe, façam-no de transportes públicos e deixem os BMW’s e Mercedes paradinhos, mas bem estacionados...a EMEL anda aí e é bem mais austera que eu.

b) Ao circularem de transportes públicos sujeitam-se às greves...aguentem-se que a culpa também é vossa.

c) evitam pagar portagens nas SCUTS, mesmo de autocarro. O preço está incluído no bilhete.

d) os nossos comboios não são tão rápidos como o TGV mas andam...e para a frente que é o que interessa. E se gostam tanto de andar de terra em terra, os regionais são uma maravilha. Param em todas as estações e apeadeiros...querem melhor?

e) não precisam de Sede. Querem trabalhar, temos jardins públicos com internet nas grandes superfícies urbanas. Para o que lá fazem serve muito bem. E poupam luz, água, etc.

2.

a) Em vez dos comícios com uma data de malta a comer à pala...a sandoca mista e um bongo fazem as delícias de tanta gente, não vejo razão para não fazerem também as vossas. E se querem um docinho....línguas de gatos e flocos de neve são baratos e bons. Não sabem o que é, perguntem a alguém.

b) se o problema for sede...todas as terras têm água d’el cano. Boa e fresca.

c) Não é vergonha levar a marmita na mão, nos dias que correm é mais comum do que imaginam.

3.

a) não vale a pena cartazes, bandeiras, bonés, t-shirts. Por várias razões. A primeira é que feliz ou infelizmente já vos reconhecemos na rua! Alem disso, podem sempre gritar que estão ali! A segunda razão pode ser, por exemplo, não queremos mais tralha em casa, bem basta a que lá temos, nem tem interesse nenhum levar um boné desses para casa. Já não se usa...

b) não é necessário megafone, com alguma prática a vuvuzela faz o mesmo efeito. Só é preciso força de vontade.

c) os tão criativos flyers com um camião de barbaridades escritas, também não dá. Bem basta a publicidade que dão na rua ainda mais esse?

4.

a) Tempos de antena...não por favor. Bem basta o que basta, e garanto que ninguém vê. É chato, a musiquinha de fundo é assombrosa. E pior, dá nos três canais generalistas ao mesmo tempo, nem hipótese nos dão.

b) se o problema é falta de gente para serem ouvidos sugiro que chamem mais uma pessoa para andar convosco. Por exemplo, assim ao acaso um chinês. É ver Charters a chegar por todos os lados, como dizia o outro.

5. (e talvez o mais importante)

a) simplicidade, bom senso e alguma honestidade são qualidades que não estão à venda. Não se gasta um tusto. Mas é preciso querer ser melhor.

Pode parecer que estou a brincar aos PEC’s mas não estou. Isto é realmente possível. Imaginem o dinheiro que se poupava com isto??? E o que se poderia fazer de diferente com ele?

Se quiserem comprar este PEC 5 tenho mais medidas de onde estas saíram. Não cobro nada por isso e faço planos de campanha ao “preço da uva mijona”.

PEC 5 – “É BOM, BONITO E BARATO”

Tenho dito.

“Prognósticos, só depois de ouvir!”

Sou uma profunda apreciadora da sabedoria político-futebolística. O futebol e a política juntam-se quando se trata de falar fluentemente o português. A única diferença entre estes dois é que o futebol joga-se de calções. De calções e com um “paleio” típico e muito característico. E a maior semelhança está mesmo na língua…estas personalidades projectam frases com sentidos profundos e que revelam uma enorme sabedoria e domínio do vocabulário português. Mas hoje vou cingir-me ao futebol. Deixo a política de lado para uma segunda parte deste artigo.

Quando tenho a felicidade de receber no meu aparelho auditivo uma frase como “comigo ou sem-migo, o porto vai ser campeão”(João Pinto), tenho aquilo a que eu gosto de chamar espasmo literário. Os sintomas são sempre os mesmos. Uma pessoa ouve, tem uma paragem de 10-20 segundos consoante o tamanho da expressão, o cérebro congela por um segundo, dá-se uma assimilação semântica e gramatical, obtém-se o sentido, ou a falta dele, ocorre um leve arrepio na espinha seguido de contracção abdominal, as mãos agarram-se à cabeça num movimento involuntário e o sintoma final é diferente em cada pessoa…pode-se soltar um, grito, um pouco de calão…diverge! Eu tenho tendência para soltar um leve palavrão e logo de seguida insulto com parcimónia!

Tentar desmistificar frases como esta é uma espécie de desporto do cérebro, como diria a nossa ministra da educação. Mas estes espasmos são consequência de uma doença, que não tem cura, chamada “Síndrome do Calhau”. O nome foi dado, pois só com um calhau é possível encontrar um alívio, ainda que temporário da dor. E como funciona? Agarra-se no calhau e Zás! Entendem? Para terminar esta breve reflexão deixo uma lista das grandes frases de grandes senhores do desporto rei!

Deliciem-se, vão viver uma experiência alucinante! Sem nenhuma ordem em especial, pois é difícil classificar o que estão prestes a ver…é caso para dizer “Prognósticos, só depois de ouvir!”E sintam-se à vontade para partilhar mais tesourinhos destes!

"O meu clube estava à beira do precipício, mas tomou a decisão correcta: deu um passo à frente." (João Pinto, jogador do Futebol Clube do Porto, de Portugal)

"No México que é bom. Lá a gente recebe semanalmente, de quinze em quinze dias..." (Ferreira, ex-ponta-esquerda do Santos)

"Fiz que fui, não fui, e acabei fondo!" (Nunes, ex-atacante do Flamengo)

"Clássico é clássico e vice-versa..." (Jardel, ex-atacante do Grêmio e da Seleção Brasileira)

"Quando o jogo está a mil, minha naftalina sobe." (Jardel, ex-atacante do Grêmio)

"Não venham com problemática que eu tenho a solucionática." (Dadá Maravilha)

"Não foi nada de especial, chutei com o pé que estava mais a mão!" (João Pinto, jogador do Futebol Clube do Porto, de Portugal)

"Tenho o maior orgulho de jogar na terra onde Cristo nasceu..." (Claudiomiro, ex-meia do Internacional-RS ao chegar em Belém do Pará para disputar uma partida contra o Paysandu pelo Brasileirão de 72)

"Tanto na minha vida futebolística quanto com a minha vida ser humana..." (Nunes, ex-atacante do Flamengo, em uma entrevista antes do jogo de despedida do Zico)

"Haja o que hajar, o Corinthians vai ser campeão." (Vicente Matheus, ex-presidente do Corinthians)

"Eu disconcordo com o que você disse." (Vladimir, ex-meia do Corínthians em uma entrevista para a Rádio Record)

"Nem que eu tivesse dois pulmões eu alcançava essa bola." (Bradock, amigo de Romário reclamando de um passe longo)

"Na Bahia é todo mundo muito simpático. É um povo muito hospitalar."(Zanata, ex-lateral do Fluminense)

"O futebol é uma faca de dois legumes."(Vicente Matheus, ex-presidente do Corinthians)

"A falha individual é do coletivo."(Wanderley Luxemburgo, explicando a derrota do Brasil contra o México, nafinal da Copa das Confederações 99)

"O difícil, vocês sabem, não é fácil..." (Vicente Matheus, ex-presidente do Corinthians)

"Fomos e voltemos. Não ganhemos nem perdemos, empatemos." (Buiú, do Bahia)

Caro Quase Ex-Primeiro Ministro Excelentíssimo Senhor “Engenheiro” José Sócrates

Caro Quase Ex-Primeiro Ministro Excelentíssimo Senhor “Engenheiro” José Sócrates,

Antes de mais peço-lhe desde já as minhas mais sinceras desculpas pelo meu português, ainda não tive tempo de aplicar o acordo ortográfico na minha vida, e fiquei com algumas expressões de calão. Além disso o meu Magalhães tem vírus! Peço-lhe que não me interprete mal.

Escrevo-lhe esta carta para lhe mostrar a minha profunda e imensa gratidão por tudo o que fez por mim, pelo meu país, pela minha família e pelos meus amigos nestes anos em que governou. Realmente é de louvar um homem que, durante todo este tempo e na situação difícil em que se encontra o país, tenha sempre mantido a calma e serenidade a falar com o seu povo. E esse seu sorriso de esperança e confiança em nós, tocou-me imenso. Como é que se diz? Cara de pau não que é feio…no mínimo um pouco irónico e até sarcástico.

Tem graça que tenha nascido em Vilar da Maçada, no conselho de Alijó, isto porque realmente é uma maçada o que lhe está a acontecer. É uma maçada que não o deixem PECar outra vez. E desculpe-me que lhe diga, mas maçada também são os seus discursos. O Senhor já viu a quantidade de vezes que disse a mesma coisa por palavras diferentes e sempre com a mesma cara? E não estou a insultá-lo nem o pretendo fazer, aliás como o Senhor mesmo disse uma vez "O insulto é a arma dos fracos e só fica diminuído quem deseja recorrer ao mesmo." Só quero alertá-lo de que isso é chato, aborrecido e lamentável, principalmente para uma pessoa na sua condição. Ainda por cima, às vezes não se percebe o que quer dizer exactamente. Por exemplo…que raio quer dizer "...não é concordar por discordar, nem discordar por concordar."? Quando ouvi isto não entendi. Isso era uma metáfora ou uma medida de austeridade?

Se não me engano teve 6 anos de mandato no governo, e orgulha-se de ter lutado contra tudo e contra todos para levar o país mais além! Para o modernizar, dinamizar, e outros “ares”…

SCUT só uma coisa, faça-nos o favor a todos e não se recandidate. É só vantagens repare:

- poupa dinheiro na campanha eleitoral;

- evita dizer mentiras e falar de forma redundante. Pode não parecer, mas nós Portugueses gostamos que sejam directos connosco e que digam o que realmente se passa. Principalmente nos dias que correm;

- Já não tem de se preocupar com os “idiotas” que lhe cortaram as pernas e não o deixaram trabalhar. Não lhes ligue.

- Não tem de se preocupar com a “geração à Rasca”, se é que algum dia se preocupou.

- Pode dormir descansado sem ter de inventar novas frases para dizer como: "Há campanhas que podem ser poesia, mas governar é em prosa" (Entrevista à SIC, Setembro de 2009). Não consegui ainda encontrar um fundo lírico em nada do que disse ou fez até hoje. Para ser verdade acho que nem fundo encontrei.

- Já não precisa de correr na maratona…não vale a pena até porque já ganhou. Lembra-se que nos disse que "Sou o primeiro-ministro que mais vezes foi ao Parlamento". Boa! Mas eu compreendo perfeitamente. No seu lugar também lá ia muitas vezes....aquela malta não é de fiar! Nunca se sabe!

- Já não precisa de ser cara em processos criminais “sem fundamento”. E pode falar ao telefone sem mais ninguém estar a ouvir!

- Pode fazer uma licenciatura numa Universidade que realmente exista e concluir o mestrado que não acabou…não queremos empatar mais a sua vida;

- Pode ir dar umas voltinhas até Espanha, eu sei que tem por lá amigos, só não vai de TGV. Vai de avião, o aeroporto não é novo e está sempre cheio, mas não se preocupe que eu tenho a certeza que mal o Senhor entre no aeroporto as pessoas desviam-se e vão fazer um olhar esquisito, mas não é por mal. Até é PECado não se olhar para alguém que foi considerado o sexto homem mais elegante do mundo, mas o que se pode fazer? A nação está cega.

- Pode ir até ao freeport comprar umas t-shirts que estão baratinhas…

- Por último, e talvez o mais importante, vai gerar pelo menos, um novo posto de trabalho, contribuindo assim para acabar com o desemprego. Esta ainda não se tinha lembrado!

Só queria com esta carta mostrar-lhe que existem coisas positivas nesta injustiça que lhe estão a fazer. Não fique triste.

Sem mais assunto.

Cumprimentos.

Pipa

P.S. – Sempre que se levantar, e em qualquer circunstância onde tenha de estar de pé, aperte o botãozinho do casaco…para abanar com o vento tenho as cortinas lá de casa! Ficaria muito agradecida.