segunda-feira, 11 de abril de 2011

PARTE II - Caro Quase Ex-Primeiro Ministro Excelentíssimo Senhor “Engenheiro” José Sócrates


PARTE II - Caro Quase Ex-Primeiro Ministro Excelentíssimo Senhor “Engenheiro” José Sócrates,
Peço imensa desculpa de o incomodar de novo com estes assuntos. Mas como não recebi resposta à última carta, volto a insistir. Os meus pais ensinaram-me a ser persistente.
Sei que tem estado muito ocupado com a sua campanha. Aliás eu apercebi-me esta semana, no seu discurso a propósito da ajuda externa, que a campanha já tinha começado. Foram palavras muito bonitas senhor Engenheiro. E não se preocupe que estava muito bonito e sexy como sempre. Mas agora fiquei com dúvidas. Tente acompanhar o meu raciocínio para vermos ver se eu entendi bem o que se tem passado nos últimos tempos. O Senhor sempre foi contra uma medida tão extrema como a entrada do FMI em Portugal. O que naturalmente é compreensível. Ninguém quer chegar a este ponto. Numa coisa concordo consigo. A última coisa que apetece é ter malta de fora a remexer a papelada toda que não lhes diz respeito. Ainda encontram lá alguma coisa de mal ou uns papéis mais suspeitos, o que obviamente não vai acontecer, claro. O Senhor Engenheiro, não se preocupe que «quem não deve não teme». Ainda mais nesta classe política onde todos sem excepção têm cadastro limpo e nunca estiveram envolvidos em processos judiciais polémicos. Por isso deixe-os vir….só para porem as contas em dia. Até porque a única coisa triste nisto tudo é conseguir-se pôr um pais na penúria, de orgulho ferido e completamente desmotivado. Mas a culpa não foi sua. Foi de quem não o deixou trabalhar e que se anda a esconder “atrás dos arbustos”.
Pelo que tem dito, esta fragilização do País deve-se à rejeição do PEC e à inevitável consequência dessa rejeição: a tão falada crise política. Quer dizer, não nos basta os bolsos vazios, o desemprego elevado, os jovens com poucas perspectivas de futuro e cada vez a sonhar menos, as dívidas externas, o gasóleo ao preço do “ouro branco” a dificuldade em exportar o que é nacional e bom, as greves que não têm fim. Mais os problemas pessoais de cada um e ainda temos que ser governados por malta que está constantemente a disputar egos num anfiteatro de requinte com IPAD, IPODES, IPHONES, IQUETRISTES! Eu sei que o Senhor Engenheiro “SEMPRE” e repito “SEMPRE” quis dialogar. Procurou sempre um consenso nas assembleia. Sempre evitou o FMI recorrendo a propostas e medidas de austeridade muito exigentes para os portugueses. BOA!
Mas se não concorda com o FMI, como é que os seus super-mega-fixes-e-eficazes PEC’s não funcionaram ao ponto de termos que ir “cravar” dinheiro aos estrangeiros? Com juros super-hiper-mega altos e impossíveis de pagar? Não se esqueça que foram aprovados 3 PEC’s no total, e evitámos a vergonha de chamar o FMI para nos ajudar. Não me diga que a culpa do estado nosso pais estar assim é da rejeição do último plano de Estabilidade e Crescimento. É que isso é a mesma coisa que dizer que a culpa de se apanhar uma piela é sempre do último copo que se bebeu.
A culpa agora é da oposição que não aprovou o PEC...Francamente Sr Engenheiro, afinal explique-me lá de que partido foi este último governo que o senhor liderou? Quem governou nestes último e imPECáveis 6 anos?
Sem mais assunto, um presunto e uma abraço desta que tanto quer....não o ver aqui pelo Natal!

Pipa

P.S. – Saudades à Merkel. Porreira ela não é pá?

1 comentário:

  1. incrível!!! muito bom! Também irei ficar à espera de resposta para esta.

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